Quando do affaire Cicarelli, onde a mesma protagonizou uma tórrida cena de engajamento sexual numa praia espanhola, srta. Peck soltou a seguinte pérola:
“Seria importante uma ação. Uma punição mostraria que o direito está preservado, coibindo novos casos”
A srta. Peck estava defendendo os direitos de privassidade que Cicarelli tem ao fazer sexo em público, numa praia freqüentada por usuários de todas as idades.
Agora que uma escola na cidade de São José dos Campos resolve instalar uma câmera de vigilância em pleno banheiro das crianças - eu disse, no banheiro que as crianças usam para suas necessidades fisiológicas - a srta. Peck tem a audácia de dizer isso:
A advogada Patrícia Peck Pinheiro, especializada em direito digital, afirma que a área comum do banheiro é pública por definição, não apenas por ser freqüentada por várias pessoas simultaneamente, mas também por não ter trancas na porta. Ela entende que a instalação do equipamento, seja numa escola, seja numa empresa, é legítima desde que a presença do aparato seja explicitada com um aviso na parede – o famoso “sorria, você está sendo filmado”. Já que não existe uma legislação definitiva a respeito da medida, como saber seu limite?
Isso mesmo. A dona "Sexo-na-praia-é-assunto-particular" defende a instalação de câmeras nos banheiros de uma escola infantil. Aí, apelando para um formalismo infantil, ela argumenta que não há lei regulamentando o assunto. Ora, então vamos liberar geral, já que a lei não proíbe a divulgação de quase nada e que as discussões sobre privacidade são encabeçadas pelo "pessoal" que pensa igual a srta. Peck.
Agora tudo é público. Menos sexo na praia.
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