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Mostrando postagens de maio, 2008

Só as figurinhas

Ontem, o Conselho de Altos Estudos da Câmara dos Deputados (um dos inúmeros órgãos inúteis que povoam o estado brasileiro), fez um seminário sobre crimes digitais , onde só deu figurinhas como Eduardo Azeredo, Patrícia Peck e Renato Blum. Como não poderia ser diferente, houve o básico desprezo à privacidade como foi resumido por Walter Pinheiro (PT-BA): [A]firmou que a legislação sobre crimes cometidos pela internet precisa garantir o respeito à privacidade dos cidadãos, com o estabelecimento de métodos adequados de identificação de usuários. Em sua opinião, o desafio é combater os crimes sem fazer censura, assegurando o direito à informação. Como assim? Desde quando privacidade e identificação combinam, sr. Pinheiro? Podes ter enganado muita gente com tua "defesa à privacidade" mas a mim não.

Olha só que simpático

Este blog já denunciou o perigo do PLS 279/2003 , do senador Delcídio Amaral (PT-MS). Agora, a tramitação do projeto é tão ultrajante quanto a tentativa de Amaral de bisbilhotar os e-mails no Brasil. Presta atenção na sequência de fatos. O projeto foi recebido no dia 16 de julho de 2003 na Comissão de Educação e no dia 13 de agosto do mesmo ano, foi designado o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Virgílio demonstra seu bom senso: 20/12/2004 CE - Comissão de Educação Situação: PRONTO PARA A PAUTA NA COMISSÃO Devolvido pelo relator, Senador Arthur Virgílio, com relatório pela rejeição do projeto, estando em condições de ser incluído em pauta. Eis que Virgílio sai da comissão em 21 de fevereiro de 2005. E então, talvez a pessoa que este blog mais odeie, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e então: 03/08/2005 CE - Comissão de Educação Situação: PRONTO PARA A PAUTA NA COMISSÃO Devolvido pelo relator, Senador Eduardo Azeredo, com relatório favorável, com as emendas oferecidas, estando em

Figurão da polícia diz que câmeras de vigilância são um "lixo"

Mick Neville, chefe do Escritório de Detecções, Identificações e Imagens Visuais (Viido) da Scotland Yard disse na Security Document World Conference em Londres algo interessante sobre câmeras de vigilância: Billions of pounds has been spent on kit, but no thought has gone into how the police are going to use the images and how they will be used in court. It's been an utter fiasco: only 3% of crimes were solved by CCTV. There's no fear of CCTV. Why don't people fear it? [They think] the cameras are not working. Bilhões de libras esterlinas têm sido gastas à toa mas ninguém se aprofundou em como a polícia vai usar estas imagens e como elas serão usadas na justiça. Isto tem sido um fiasco completo, apenas 3% dos crimes foram solucionados com CFTV. Não há medo das CFTV. Por quê as pessoas não têm medo delas? Eles acham que as câmeras não estão funcionando. Enquanto isso, a gangue dos fiasquentos ataca em São Leopoldo , Santa Cruz do Sul e Vacaria .

Sempre dá para cavar mais um pouco

A lição mais importante que qualquer pessoa pode aprender sobre os seres humanos é que a humanidade sempre pode se rebaixar ainda mais. A administração trabalhista do Reino Unido é um exemplo clássico disso. O desgoverno britânico agora quer criar um banco de dados central com todos os e-mails, telefonemas e outras mensagens eletrônicas como desculpa de combater o terrorismo. Tais dados teriam que estar disponíveis por pelo menos 12 meses após a realização da comunicaçaõ.

Medicina em público

Como se tornou costume no Reino Unido, perde-se informações médicas de 38 mil pessoas que estavam a caminho do backup. As informações vieram de uma clínica da Ilha de Wight para a transportadora em março mas somente em maio que a clínica percebeu que os dados estavam desaparecidos.

Puggina e o telemarketing

Percival Puggina , um ótimo analista social e o escritor do excelente Cuba: a tragédia da utopia , escreve um interessante artigo sobre o telemarketing. Alô, é do Congresso Nacional? Sim? Desculpe, mas não lhes quero vender coisa alguma. Só desejo que alguém, aí, apresente um projeto de lei que restitua aos proprietários de celulares e de linhas de telefonia fixa o direito de não serem perturbados por esse verdadeiro flagelo em que se converteu o telemarketing. E, por favor, desobstruam a pauta para aprovar isso em urgência. É para benefício da população brasileira, certo? Muito obrigado, moço. Volto ao assunto porque a coisa está piorando. Quando começou, a gente recebia uma ligação dessas por mês, normalmente da empresa de telefonia que nos prestava serviços. Depois passou a uma por semana, a duas por dia, e agora, de cada três chamadas que se recebe, uma é de alguém invadindo nossos ouvidos para vender algo ou pretendendo nos convencer de que proporciona um serviço superior àquele d

Hacker chileno divulga dados pessoais de 6 milhões de chilenos

O El Mercurio de Santiago do Chile reportou no domingo o vazamento de dados pessoais de 6 milhões de chilenos na Internet. Os dados eram nomes de pessoas, números no RUT (um código de identificação tributária), e-mails e informações econômicas e sociais de vários bancos de dados estatais chilenos. O blog onde estava tais dados dava inclusive dicas de como plotar os dados em sistemas de mapas como o Google Earth.

Sinal de progresso

Em dezembro do ano passado (2007), denunciei o acesso indevido ao imprestável Registro Geral (RG) do Rio Grande do Sul. Fiz uma denúncia para o Ministério Público do RS e eis que a minha denúncia virou um inquérito!

Farra da quebra do sigilo

O Estado de S.Paulo denunciou ontem que um esquema de achaque do PCC contra juízes, promotores e outros agentes da lei e da ordem teve a ajuda de quebras de sigilos telefônicos feitas de forma totalmente irregular; para tanto, os comparsas do PCC utilizavam-se de denúncias anônimas falsas e relatórios fabricados. Como diz a reportagem: A farra era tão grande que há, entre os documentos, um pedido de dados cadastrais dos telefones de 61 números de CPFs em um único ofício policial. O principal investigado é o investigador da Polícia Civil de São Paulo Augusto Pena, que fora preso na quarta-feira dia 30 de abril. De acordo com Regina Pena, ex-mulher de Augusto Pena, o sr. Pena ficaria escutando uma linha grampeada por uns três meses e quando se cansava ele faria uma edição que poderia incriminar alguém, desta forma podendo utilizar a edição como meio de chantagem. Também, de acordo com a reportagem , os dados de sigilo telefônico eram enviados para o e-mail terceiradelegacia@hotmail.co