Os Zé Cadastros que povoam o Brasil adoram afirmar a "confiabilidade" da identificação de pessoas por meio de impressões digitais, como, por exemplo, este texto do Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal:
O sistema datiloscópico é o método mais prático e seguro de identificação humana, razão por que tem sido largamente utilizado, desde a sua descoberta até os dias atuais, na área civil e criminal.
A identificação humana através das impressões digitais, é sem sombra de dúvida, a maneira pela qual pode-se afirmar ou negar a identidade de uma pessoa.
Método mais prático e seguro? Eu não sabia que, agora, um sistema com uma taxa de falso-negativo de 15% seja prático e seguro. E também não sabia que a "identificação humana através das impressões digitais" seria a única maneira de afirmar ou negar a identidade de uma pessoa, ainda mais considerando que a universalidade (quão comum é entre as pessoas) das impressões digitais é considerada média. Além disso, devemos nos questionar o que é identidade, se esta é um pedaço de papel emitido por um burocrata de plantão ou se é a consciência individual de cada ser ao se diferenciar de outros.
O que os Zé Cadastros também não analisam é a facilidade de ser falsificar impressões digitais. E isto dá para fazer em casa e é bem barato.
Clonando impressões digitais de leitores óticos
O que os Zé Cadastros também não analisam é a facilidade de ser falsificar impressões digitais. E isto dá para fazer em casa e é bem barato.
Clonando impressões digitais de leitores óticos
- Registre sua impressão digital no leitor.
- Tenha em mãos um tubo de silicone, uma caixa de Bostik Blu-Tack (ou outra massa para fazer moldes) e um pedaço de cartão.
- Pegue um pedaço de de Blu-Tack e faça um molde do dedo.
- Encha o molde com silicone.
- Tire o excesso de silicone com o cartão para deixar o silicone fino.
- Depois de algumas horas, a cópia da impressão digital está pronta.
- Coloque a cópia no leitor de impressão digital e utilize um dedo não cadastrado para pressionar o molde.
- Voilá! Tu acabaste de clonar uma impressão digital.
- Evidencie a impressão digital utilizando com pó de grafite, ou então, cianoacrilato, que é o componente principal de colas como SuperBonder.
- Digitalize a impressão digital, ou por meio de uma câmera fotográfica, ou escanenado a impressão digital.
- Trate a imagem para melhorar o contraste claro-escuro.
- Imprima a impressão digital numa impressora laser utilizando slide para transparência.
- Utilize cola para madeira para criar o molde da impressão digital.
- Espere secar, descole do slide e recorte.
- Pronto, agora tens um molde que dá para carregar no bolso.
Experiências parecidas com aquela famosa experiência japonesa de clonagem de digitais. Fica a questão: como confiar em sistemas nazistas de controle de alunos? Ou então, nas imbecis urnas eletrônicas que conseguiram subir um nível em imbecilidade com testes de leitores de impressões digitais em 2008?
Comentários
Estou interessado em adquirir a Bostik Blu-Tack, já procurei no Brasil inteiro e não consegui nenhum produto similar. Somente encontrei no amazon.com.uk .. custando 1.75 euros .. se souber de algo agradeço.. e-mail para contato - anarkinhow@hotmail.com
Se tu cortares o dedo e ficar cicatriz, certamente alterará a tua impressão digital. Outras coisas também alteram as impressões digitais, como o manuseio de ácidos. É comum o pessoal que coleta laranjas e outras frutas cítricas terem suas impresões digitais apagadas.
abraço
Mas de qualquer forma, sei que existe um software que detecta impressões digitais falsas, LFD da Futronic (http://www.youtube.com/watch?v=lQcUHC4uEu0).
Vários leitores capturam a impressão digital através de imagem multiespectral, que conseguem diferenciar carne viva de não-viva e de outros materiais.
E mesmo que seja usado um molde sobre um dedo vivo, este também é rejeitado, pois algumas tecnologias observam as estruturas internas que respeitam e ditam os padrões externos dos cumes da impressão digital, detalhes internos podem ser comparados com o padrão da superfície.
Assim, os sensores podem verificar que a "impressão digital interna" não corresponde à externa.
A impressão digital continua sendo a tecnologia biométrica mais prática, confiável e com menor custo.
Caraca, quanto erro! hahaha