Uma reportagem d'O Estado de S.Paulo mostra que as lan houses e estabelecimentos do gênero na cidade de São Paulo não se prestam a fazer o medonho papel de censores da Internet à la China. Sim, estou falando da medonha Lei 12.228/2006, que obriga o cadastramento de usuários em tais estabelecimentos.
Para a procuradora do MPF (que se supõe defender as liberdades individuais, entre elas as privacidade), Thamea Valiengo, disse que "[p]ode não parecer, mas falamos de uma lei que teoricamente deveria evitar a pedofilia e os crimes de ódio". Cara Sra. Valiengo, existe uma grande diferença entre a teoria e a prática. Por exemplo, teoricamente, o socialismo acabaria com a pobreza e as desigualdades socias. Teoricamente, pois, na prática, foi uma máquina de homicídios e de dor.
Agora, falando com quem entende na prática, ao contrário de Valiengo e seu wishful thinking totalitário, o dono da Internet Café disse que a identificação fascista de usuários é “uma exigência complicada demais para ser cumprida”. E também disse, num belo exemplo de luta contra o autoritarismo, que “[v]ou continuar descumprindo a lei. Afinal, para pedir identificação, vou precisar de um funcionário só para isso”. Outro funcionário de outra lan house disse que pedir identificação aos usuários é “fazer com que os clientes passem por um constrangimento desnecessário”.
Só mesmo no wishful thinking fascista de Valiengo para acreditar que a lei evitaria "a pedofilia e os crimes de ódio", uma vez que basta o meliante apresentar dados falsos para o estabelecimento, ou pior, utilizar dados alheios para cometer crimes, desviando o foco das investigações para pessoas que, talvez, nunca colocaram os pés numa lan house, ou mesmo, acessaram a Internet. Só fica uma questão: o que fazer com o "ódio" que Valiengo tem contra a privacidade?
Comentários
A procuradora está certíssima.
Trate de reaver seus conceitos, e aí sim poderá discutir melhor com alguém sobre um assunto sério como esse.
Sem mais!