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Oba! As urnas biométricas fracassam!

Quem disse que a tecnologia não está a favor da privacidade. Em Fátima do Sul, MS, 30% do eleitorado não foram identificados pelas urnas biométricas e a votação demorou, em média, 100 segundos, ao invés dos 40 segundos previstos, 150% a mais do tempo previsto. E sobre a qualidade das impressões digitais:
Para o chefe do cartório eleitoral, Flávio Alexandre Martins Nichiku, a demora foi causada pelo não reconhecimento biométrico de alguns eleitores, que tiveram que voltar aos mesários e votar pelo sistema convencional. Nichiku explicou que desde o início do ano, quando foram recolhidas as impressões digitais dos dez dedos das mãos de cada votante, a textura da pele foi alterada, principalmente dos trabalhadores braçais.

O equipamento é bastante sensível, e qualquer alteração na pele compromete a leitura das digitais, mesmo contendo os traços de todos os dedos das mãos, conforme ocorreu com vários trabalhadores rurais - alguns deles com ferimentos em dois e até três dedos. O clima frio e chuvoso também colaborou no estreitamento das linhas digitais, impedindo o reconhecimento do eleitor.
Uau, que tecnologia avançada! Até o clima pode atrapalhar a leitura.

Já em Colorado do Oeste, Rondônia, simplesmente não há previsão para o fim da votação, já que as avanssadas urnas biométricas provocaram filas de 3 horas e meia. Eu disse, 3 horas e meia para que as urnas deixassem o eleitor votar.

P.S.: Mais informações sobre as urnas biométricas e suas encrencas em Fátima do Sul, MS:
A “novidade” apresentada como um sistema mais eficiente, seguro e prático chegou a receber elogios pelo caráter de inclusão social, acabando com o constrangimento dos analfabetos. Mas na prática mostrou uma realidade diferente, criando um novo tipo de exclusão: a dos “sem digitais”.
(...)
Em abril foram cadastrados os dez dedos de cada eleitor. No novo sistema, na ficha dos eleitores entregue aos mesários, também consta a foto do mesmo. Bastou passar cinco meses do cadastramento para que muitos eleitores perdessem o relevo das digitais.
(...)
Constrangimento para o eleitor que para não perder o voto teve que “retornar” ao sistema convencional da urna eletrônica. No final, o eleitor levou muito mais tempo para concluir o voto, e na saída ainda teve que enfrentar cara feia da fila que aguardava para votar do lado de fora. (grifos meu)

Imagina este sistema em todo o Brasil. As eleições com urnas eletrônicas demorarão mais do que com voto de papel!

Comentários

Anônimo disse…
Eles foram infelizes na escolha da biometria. Ou seja, já que cada seção terá seu processamento biométrico próprio. O interessante seria fazer um reconhecimento facial, biometria bem menos intrusiva e eficiente em pequenos bancos de "dados-imagem"...

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