O Folha de S.Paulo de hoje reporta que uma investigação do Ministério Público e da Polícia Civil do Estado de São Paulo mostra que detetives particulares estariam comercializando registros telefônicos, especialmente de celulares, o que seria a maioria dos pedidos feitos pelos "clientes". Tais dados seriam utilizados em casos de traições e investigações sobre fornecedores e clientes. Esta descoberta faz parte de uma investigação de ambos os órgãos que já dura um ano sobre violação de sigilos bancários e telefônicos por parte de detetives particulares.
No princípio, os investigadores achavam que tais dados eram coletados nas lojas de telefones celulares, algo que foi refutado devido ao fato das lojas só terem acesso restrito aos registros. Então, o alvo das investigações foi apontado para as operadoras de telefonia celular. Com um mandado judicial, foi possível conhecer como (não) funciona os sistemas de segurança de dados pessoais. Numa empresa, não havia sequer o controle de acesso aos dados. Ainda não foi descoberto quem acessava diretamente os dados para o repasse para os detetives.
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