O Pioneiro traz uma reportagem sobre as "dificuldades" que os caxienses "enfrentam" com relação ao Nota Fiscal Gaúcha. Em nenhum momento a reportagem diz que participar do NFG é opcional, muito pelo contrário, a reportagem diz como legenda duma foto "[n]a Livraria Rossi, cada terminal tem cartaz alertando sobre a Nota Fiscal Gaúcha, para lembrar consumidor de inserir o documento no cupom, atendendo legislação do RS". O único problema, sra. Castro, é que as pessoas podem optar ou não por "inserir o documento (sic)" na nota fiscal. Aí, a sra. Castro entrevista o sr. Crivelaro, delegado adjunto da 3ª Delegacia da Receita Estadual:
Casos de clientes que recusam o procedimento quando são consultados são comuns. O desconhecimento do programa é uma das razões. Mas há outra: o cliente acredita que, conforme o volume de consumo, poderá se comprometer com a Receita Federal.
– Colocar o CPF na nota facilita o fisco gaúcho a fiscalizar as empresas que venderam. A gente não fiscaliza pessoa física. E a gente também não repassa as informações para a Receita Federal e à Receita Federal não interessam essas informações – esclarece Crivelaro. (grifo meu)
Certamente a sra. Castro não leu meu pedido de acesso à informação que fala sobre a possibilidade da Receita Estadual compartilhar dados com "outras administrações tributárias" nem do meu outro pedido de acesso à informação à Receita Federal em que esta confirma que pode acessar tais dados mediante convênio (embora não exista nenhum até o momento). Depois, em evidência anedotal, uma livraria, com divulgação ostensiva do NFG, diz que cerca de 5% das pessoas participam do dito programa.
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