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Mostrando postagens de abril, 2009

Não é tecnologia, é feitiçaria que não uso nem aprovo

Esta é fenomenal. Máquinas de reconhecimento facial não conseguem distinguir entre Winona Ryder e Osama Bin Laden. Rob Jenkins da Universidade de Glasgow rodou o software de reconhecimento facial do aeroporto de Sydney com taxa de reconhecimento de 30% e o programa não conseguiu diferenciar Osama Bin Laden de Kevin Spacey e Winona Ryder nem diferenciar o primeiro-ministro britânico Gordon Brown do ator Mel Gibson. Enquanto isso, tem gente em São Leopoldo que acredita em feitiçaria.

E só falta chamar um curandeiro

O Zero Hora de hoje noticia que Novo Hamburgo é a capital estadual do furto e roubo de veículos. Eis que no meio da reportagem, isto aparece: Nem o monitoramento eletrônico, feito por 19 câmeras espalhadas pela cidade, tampouco as blitze em bairros nobres, como Hamburgo Velho – onde a incidência de roubos e furtos é alta – parecem arrefecer o ânimo dos bandidos. E lê a brilhante resposta do tenente-coronel José Paulo Silva da Silva, responsável pelo policiamento na citada cidade é: Recebemos recursos federais para instalar 11 novas câmeras, isso deve ajudar no combate ao crime Alguém precisa explicar para o sr. Silva que as câmeras não estão funcionando. Seria a mesma coisa que numa epidemia chamar curandeiros. E com relações as tais blitze, fico com as opiniões de Carlos Leite, procurador federal regional de direitos humanos no RS e de Jair Krischke, membro do Movimento de Justiça e Direitos Humanos: LEITE: Entendemos que a blitz, por si só, já é contrária à lei KRISCHKE: Se um sist

Finalmente a OAB faz algo de útil

A OAB/RS não ficou contente com as respostas da Secretaria de Segurança Pública do RS a um questionário sobre o Sistema Guardião (um sistema de interceptações telefônicas) e o Consultas Integradas (sim, o próprio ). Aliás, nem eu fiquei satisfeito com as respostas. E a OAB gaúcha pretende analisar possíveis medidas judiciais contra os tais sistemas; também pudera, 40 entidades têm acesso ao Consultas Integradas. Como Lamachia disse: O grande número de órgãos com acesso ao sistema demonstra que este pode ser vulnerável ao mau uso das informações que contém sobre a vida das pessoas, possibilitando eventuais riscos ao preceito constitucional da inviolabilidade da sua intimidade Muchacho , isto já aconteceu ! De qualquer forma, tal notícia é uma boa notícia.

E a tequinolojia avanssa

O New York Times noticia hoje as agruras dos cidadãos chineses com a criação de um banco de dados de identificação para todos os chineses (mais de 1,3 bilhão de pessoas). O sistema só abrange 32.252 dos quase 55 mil ideogramas chineses. A utilização dos mais variados caracteres é uma tradição chinesa, visto que tal país tem uma lista particularmente diminuta de sobrenomes.

Os manauaras que comecem a comprar calefação para suas casas

A quase um mês atrás, eu noticiei a ação judicial de Márcio Araújo contra Resolução 245 do Contran, que obriga a instalação de dispositivos rastreadores em carros nacionais e importados. Eis que no dia 16 deste mês, o juiz Douglas Gonzales concedeu liminar ( íntegra da decisão ) favorável à ação de Araújo. Eu gostei do seguinte trecho: Tal atitude deturpa o senso de liberdade e induz um sentimento de caputis diminutio à dignidade da pessoa humana, porquanto devasta o sentimento de intimidade. Enfim, firma uma inferioridade do cidadão, perante a máquina estatal que num clique tecnológico passa a supervisionar o cidadão comum, tal como na ficção científica delineada por George Orwell no livro de 1984, que sintetiza a idéia de Big Brother do aparato estatal para controlar o indivíduo, através da implacável tecnologia de vigilância. E antes que tu perguntes, sim, as montadoras desmentiram a lorota que o rastreador não ativado não dissemina informações sobre o paradeiro do carro.

Perdoa Pai pois ele não sabe do que fala. Aliás, ele não sabe nada do assunto.

Uma audiência pública da Comissão de Turismo e Desporto (CTD) da Câmara dos Deputados discutiu as alterações no Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/2003), que tramitam como PL 4869/2009 , que incluem o animalmente inútil cadastramento de torcedores. Um dos participantes era o Ministro dos Esportes, sr. Orlando Silva de Jesus Júnior. O currículo de Jesus (me chicoteia) mostra qualquer coisa menos experiência acadêmica ou profissional no campo do desporto. O ministro então saiu em defesa da trouxa carteira do torcedor e da criação de cadastros redundantes localizados nas torcidas organizadas e um criado pelo desgoverno federal em "parceria" com estados e municípios. Não é necessário dizer que as torcidas clandestinas estarão isentas desta estultice digna dum membro do PCdoB; verdade seja dita, a deputada Jô Moraes do tal partido de Minas expressou preocupação com o cadastro. Para que discutir mais se um tucano, o dep. Silvio Torres de SP, também está preocupado com o cad

Crítica ao uso de biometria no registro eleitoral boliviano

O diretor executivo da Fundação HACER , Eneas Biglione, escreveu um artigo criticando a utilização de biometria no registro eleitoral boliviano. Biglione resume no final o que está em jogo: En Venezuela, el sistema biométrico ha venido jugando un rol fundamental para los fines totalitarios de su gobierno desde su instauración en el año 2004. En breve seremos testigos si el AS bajo la manga de la administración Morales consigue su único objetivo: eliminar definitivamente la transparencia de los comicios y lo poco que queda de democracia en el nombre de la modernización del padrón electoral. O artigo também traz uma análise sobre o sistema venezuelano de votação eletrônica. E falando em biometria, o artigo traz um link para outro artigo sobre fraudes biométricas. Por sua vez, o artigo traz um link para o estudo " Impact of Artificial 'Gummy' Fingers on Fingerprint Systems " apresentado na Optical Security and Counterfeit Deterrence Techniques IV e tem a seguinte con

De Sanctis ataca novamente

O Folha de S. Paulo de hoje noticia que Fausto De Sanctis (o própio) autorizou a Polícia Federal a acessar qualquer dado cadastral de clientes da Telefônica, Embratel, Vésper, Vivo, TIM, Claro, OI e Nextel no decurso da Operação Castelo de Areia. A autorização valeu entre janeiro e agosto de 2008. Embora a autorização judicial só cobrisse todos os dados cadastrais de todos os clientes das operadoras supracitadas, as senhas de acesso permitiam tanto o acesso ao banco de dados como acesso às conversas.