O argumentos mais usado, e mais furado", para agredir a privacidade alheia é o "combate ao crime". E tal argumento está sendo utilizado pela Secretaria de Segurança Pública do RS para comprar um software de reconhecimento facial. Zero Hora reporta que a SSP quer, inicialmente, utilizar o software para comparar imagens de presos e foragidos com imagens de câmeras de vigilância. E como a própria reportagem, ruim como de costume de Zero Hora, diz:
A SSP estuda ainda a ampliação do acervo de fotos por meio de convênios com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), para acessar imagens de todos os motoristas gaúchos, e com o Instituto-geral de Perícias, que detém banco de 12 milhões de fotos, das quais 2,2 milhões com qualidade para comparação.
Basta lembrar que tais fotos não foram tiradas com tal intuito, além disso, é importante lembrar que medidas semelhantes testadas no Aeroporto Logan em Boston, EUA para "identificar" terroristas e em Londres, para "combater" o crime mostraram-se grandes fracassos. Se isto não fosse o bastante, a tequiniolojia de reconhecimento facial tem um problema sério de falsos-negativos, chegando a 43% de falsos-negativos em fotos tiradas a 18 meses atrás. Mesmo o Pentágono atesta a problemática de identificação por tal meio, lembrando que o Pentágono tem muito mais competência para analisar o assunto do que a SSP ou mesmo o repórter que escreveu tal reportagem.
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